terça-feira, 5 de outubro de 2010

Memorial Reflexivo

Meu primeiro memorial. A TIC para mm foi um quebra cabeça, apesar de termos uma boa orientação durante todo curso, a minha trajetória foi um pouco conturba pela falta de tempo para fazer todos os trabalhos e também falta de logística. Tudo “superado” busquei entender melhor o que se pedia, apesar de achar que não havia sentido, busquei fazer o que se pedia no cronograma. Com essa adesão percebi que meu pensamento estava totalmente errado e vi que não somos um livro de conhecimento e que ainda a muito que ser descoberto e aprendido.
Aprender foi a palavra chave. Apesar de dominar um pouco a informática tive dificuldades sobre algumas tecnologias. Com as dificuldades percebi que poderia superá-las e ai então compreender melhor o curso que estava fazendo.
Isso pra mim foi uma mão na roda. Melhorou bastante meu desempenho com as tecnologias que disponho e acima disso, consigo ajudar meu companheiro através do conhecimento que adquiri.
Em relação às dificuldades a que mais me causou transtorno foi o tempo. Feliz daquele que pode para o seu trabalho e fazer o curso de forma incisiva. Mas agradeço a minha esposa, pois por causa dela que consegui supera as dificuldades. Pegava no meu pé perguntando se já tinha feito os trabalhos do curso. E ai foi. Graças a ela consegui em parte chegar ate aqui.
No meu trabalho as mudanças aconteceram aos poucos, mas significativas. Apesar de esta fora da área pedagógica o curso me mostrou meios de ajudar meus próximos a usar a tecnologia de forma qualitativa e eficiente.
Sempre fui bem relacionado com as tecnologias. O que aprendi se veio acrescentar algo a mais em meus conhecimentos.
Nos próximos cursos acredito que devemos ser mais entregues ao que se propõe e termos mais liberdade de opinião. Em dizer que assim é bom mais se fizermos assim fica melhor por que se torna mais fácil.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desafios e possibilidade da integração de tecnologias ao currículo

Definir currículo não é fácil, principalmente na área educacional onde os conceitos são em sua maioria subjetivos. Mas podemos chegar aqui a uma forma de ver o currículo dentro da ótica tecnológica.
Tecnologia e currículo são temas de trabalhos acadêmicos que mesmo existindo se percebe a fragilidade de pontua-as como aliadas inseparáveis. Mesmo assim necessários para um melhor desenvolvimento educacional. De qualquer forma as duas juntas modificam o meio educacional fazendo com que haja a necessidade de conceituá-las de forma unilateral, ou seja, uni-las em uma só forma para facilitar a temática dentro da educação.
Não se nega aqui a contribuição das tecnologias para o currículo. O que se vê hoje são as melhores produções possíveis graças ao uso da tecnologia e suas ferramentas.
A pedagogia utilizada se difere das demais, afinal as mídias vem fazer a diferença nos currículos que seguimos e ainda dão um sentindo futurista na educação no qual lutamos tanto para inserir no cotidiano dos professores e alunos.
No desenvolvimento de projetos a tecnologia juntamente com o currículo inicia uma parceria que promove uma nova forma de desenvolvimento. Onde o planejamento se torna mais dinâmico e sobre tudo, mas interessante já que teremos ai mais mídias que serão utilizadas na execução dos projetos.
Os desafios estão ai. Não se muda a forma de agir da noite para o dia, mas podemos ver nessa união entre tecnologia e currículo uma nova forma de ver e planejar a educação. Sabendo que podemos ter embasamento teórico quando preciso e respaldo tecnológico quando necessário.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pedro Demo sobre o tema “Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na escola”. Pág. 133 – Guia do cursista

A fala do professor nos leva realmente a perceber a distancia da tecnologia de nossas escolas. Parece que somos avesso ao que o mundo tem a oferecer através das mídia aqui existentes. Insistimos muito ainda em nos basearmos no velho e conhecido quadro negro, desconsiderando o mundo que nos cerca.

Não podemos dar um passo pra frente se um dos pés não acompanha o outro. Não se pode viver em mundo a parte da realidade que nos cerca. A partir do momento que implantamos as mídias em nosso meio escolar, não poderemos agir como antes, assim não estaríamos pondo em pratica o que se prega: “viver o novo com intensidade e cautela”.

As mudanças são constantes em nossas vidas, e nós docentes temos que estar preparados. Uma vez iniciado, não há como interromper. Temos que fazer parte dessa nova realidade. Como nossa adesão as tecnologias nossos alunos nos compreenderam melhor, pois estaremos falando sua linguagem, um linguagem mas moderna e dinâmica a qual eles estão acostumados.

E dentro dessa nova realidade tudo deve ser levado a serio e com a devida atenção. São os detalhes que vão fazer a diferença entre o ensinar e o que não ensinar. Novas estratégias devem ser tomadas, mudar a nossa forma de ver o aluno é uma delas. A estratégia esta na socialização de novos conhecimento com a realidade digital que eles possuem, assim poderemos fazer um bom trabalho e levantar a qualidade da relação entre o professor e o aluno.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Aula Sobre a revolta da vacina

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO:
ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TICs

Professora: Elisângela dos Santos Menezes
Aluno: Wellyngton Souza Aires
Diretoria Regional de Ensino


PLANO DE AULA COM MATERIAL DIGITAL
Modalidade/Nível de Ensino: Ensino Médio série: 2º MB EM
Componente Curricular: História
Tema: A revolta da vacina
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Despertar nos alunos o questionamento sobre como as coisas são conduzidas sobre a luz da ignorância de uma sociedade mal esclarecida dentro de um contexto político ainda novo e cheio de suspeitas sobre sua validade com relação ao futuro da nação brasileira.
Duração das atividades
01 aula de 48 minutos .
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Não há necessidade de um conhecimento prévio.
Estratégias e recursos da aula
Falar sobre esse tema é sobre tudo destrinchar um pouco da historia do Brasil e sua firmação como Republica não ainda democrática se percebe ao longo de nosso historia. Contido esse fato em si trás a essência do pensamento da população da época em meio a tanto miséria e descaso das autoridades.
Para essa aula em si, utilizaremos recursos didáticos e paradidáticos, bem recursos ainda a serem mais bem explorados como os vídeos e hipertextos disponíveis sobre essa temática.
Para a visualização do aluno utilizaremos, data show para exporem dados e imagens da época para situá-los diante do exposto e sobre tudo fazer com que imaginem a situação vivida anteriormente nos primórdios da republica e fazer um comparativo com a republica atual.
Avaliação
Será avaliado a participação dos alunos na aula, sua duvidas sobre o tema e o que levam de útil sobre o que foi dito para o seu cotidiano.
Recursos Educacionais
Nome Tipo
Revolta da vacina Textos disponíveis na internet
Wikipédia
Livro didático: PEDRO, ANTONIO
HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL: ensino médio : volume único
Vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=VYq0x7I_U2A

Recursos Complementares
Revolta da Vacina
http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/links.html
 Imagens.



sexta-feira, 28 de maio de 2010

PLANEJANDO ATIVIDADE COM HIPERTEXTO OU INTERNET

PLANO DE AULA


Nome da Escola: CEM PROFESSOR FLORENCIO AIRES
Aluna Cursita TIC: Wellyngton Souza Aires
Disciplina: História Série/Ano: 3º Turma: 01 Turno: matutino Ano: 2010 Data: maio Duração da Aula: 48 minutos.


COMPETÊNCIA

entender de fato a historia de Porto Nacional, desde sua fundação e a necessidade e importância histórica para a região do antigo norte goiano.


HABILIDADES


• fazer entender a história de Porto nacional dentro do contexto da época do surgimento do império com sua raízes coloniais.
 Definir bem o estilo colonial da cidade identificando as diferenças sociais vigente dentro da arquitetura da época.
 Interpretar imagens históricas da cidade: como os casarões, catedral.
 Perceber a importância de porto Nacional hoje.
CONTEÚDO
• Leitura de Imagem e contexto histórico.

ESTRATÉGIAS/PROCEDIMENTOS

em primeira estância, levar os alunos ao laboratório de informática onde seguiremos com o conteúdo já predefinido. Explanando e levantando questões relativos ao o que está sendo oferecido. Em seguida apresentar na internet texto relacionados ao conteúdo, fazendo com que os alunos utilizem essa ferramenta para complementar o que está sendo ensinado.


RECURSOS DIDÁTICOS:

Laboratório de informática, Internet, computador, data show e Câmera Digital.



AVALIAÇÃO

será feita através de questionamento levando pelo próprio aluno. Com isso ficará sabido que o conteúdo foi e relevante importância e que o objetivo foi alcançado.

BIBLIOGRÁFIA:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_Nacional

GODINHO, Durval ;História de Porto Nacional,

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O hipertexto no contexto educacional

O escolar (O filho do carteiro), Vincent Van Gogh, 1888



Num primeiro lançar de olhos percebemos que assim como reconfigura o papel do autor-escritor e do usuário-leitor, alterando a idéia de posse e de autoria de um texto fisicamente ilhado, com significado único, e hierarquicamente superior aos comentários e notas que dizem respeito a ele, o hipertexto pode afetar, também, a forma de atuação do professor e do aluno. O professor tem parte de sua autoridade e poder transferidos ao aluno, tornando-se mais um colaborador no processo de ensino e aprendizagem, que assume características de parceria. O aluno, tal como o leitor do hipertexto, torna-se mais ativamente participante em relação ao processo de aquisição de conhecimentos, pelo fato de lhe ser facultado elaborar livremente, sob a sua própria responsabilidade, trajetos de seu interesse, acessando, seqüenciando, derivando significados novos e acrescentando comentários pessoais às informações que lhe possam ser apresentadas.

Sem nos deixarmos seduzir pela utopia tecnológica poderíamos enumerar, ainda, algumas das vantagens do uso do hipertexto, quando cuidadosamente planejado:

* sistemas de hipertexto enquanto ferramentas de ensino e aprendizagem parecem facilitar um ambiente no qual a aprendizagem acontece de forma incidental e por descoberta, pois ao tentar localizar uma informação, os usuários de hipertexto, participam ativamente de um processo de busca e construção do conhecimento, forma de aprendizagem considerada como mais duradoura e transferível do que aquela direta e explicita;
* uma sala de aula onde se trabalha com hipertextos se transforma num espaço transacional apropriado ao ensino e aprendizagem colaborativos, mas também adequado ao atendimento de diferenças individuais, quanto ao grau de dificuldades, ritmo de trabalho e interesse;
* para os professores hipertextos se constituem como recursos importantes para organizar material de diferentes disciplinas ministradas simultaneamente ou em ocasião anterior e mesmo para recompor colaborações preciosas entre diferentes turmas de alunos.



Lina Morgado (1998), em um estudo intitulado "O lugar do hipertexto na aprendizagem: alguns princípios para a sua concepção", cuja abordagem tem como suporte teórico teorias psicológicas da aprendizagem, faz algumas considerações interessantes sobre as vantagens da aprendizagem através dos sistemas de hipertexto contrapondo-as à possibilidade, segundo alguns, de estarmos diante de mais um meio de acesso à informação, entre muitos.

Verifica, entre os autores que abordam o tema, duas vertentes: autores que o definem como um sistema de aprendizagem em que algum tipo de aprendizagem ocorre da utilização de um sistema de informação e autores que o definem como sistema de ensino, ligado a contextos formais e tarefas orientadas para objetivos.

Encontra, ainda, diferentes perspectivas: aprendizagem por descoberta em que, em uma rede de conhecimentos interligados, o usuário aprenderá explorando e descobrindo no espaço de informações, de modo incidental e pela experiência pessoal; aprendizagem associativa em que o usuário, informalmente, e por fatores motivacionais, realiza algum tipo de aprendizagem; aprendizagem implícita em oposição à aprendizagem explícita.

Há, porém, um certo consenso no sentido de que o hipertexto possibilita um alto grau de autonomia e que contribui para que se expressem estratégias individuais de aprendizagem, sendo o sujeito responsável pelo processo.

Alguns autores adiantam que "instrumentos e características do hipertexto devem ser conseguidos explicitamente para apoiar e facilitar à aprendizagem de per si" (Mayes et al. 1990, pág. 122, citado por Morgado, 1998).

Outro aspecto fundamental do hipertexto é sua eficiência no planejamento e desenvolvimento de cursos à distância, facilitando a informação a estudantes localizados nos mais distintos pontos. Finalmente hipertextos tornam realidade a abordagem interdisciplinar dos mais diversos temas, abolindo as fronteiras que separam as áreas do conhecimento.

Paralelamente aos aspectos positivos os teóricos do hipertexto apontam, também, os problemas que podem advir de seu uso como sistema de ensino e aprendizagem. Para Santos a característica de não linearidade exige atenção redobrada para que o foco de pesquisa não seja deslocado para assuntos diversos, também de interesse do aluno e do pesquisador, mas que não se definem como complementares àquela intertextualidade que o leitor hipertextual buscava no início da pesquisa.

Snyder (1996) aponta para os fatos de que: o texto eletrônico depende de uma tecnologia emergente, sujeita a constantes transformações; a boa utilização do hipertexto passa por um conhecimento da máquina para que sejam devida e corretamente explorados os seus recursos - um certo conhecimento da gramática da tela que oriente a escrita para que seja mais adequada ao meio que a torna possível.

Entendemos, porém, que, muito mais do que uma simples enumeração de vantagens e problemas há que se usar o argumento de uma reflexão sobre o hipertexto, o qual se apresenta não só como uma nova forma de produção e transmissão cultural, mas também de escrita e leitura, para se repensar alguns aspectos da própria educação.

Silva (1996, pág. 139), citando Giroux, menciona o uso da expressão "linguagem da possibilidade" como uma forma de oferecer alternativas para se suplantar a tendência de análise exclusivamente crítica que preponderou durante anos no âmbito da teoria educacional impedindo e tolhendo atuações concretas sobre a realidade para a superação das condições existentes.

Esta postura, com respeito à união entre a análise e a oferta de alternativas, para uma ação política de intervenção, veio tomando corpo à medida que se consolidou um enfoque da educação à luz da teoria cultural, seja através das postulações de autores da denominada "Nova Sociologia da Educação" (NSE), seja através do desenvolvimento e da discussão das idéias pós-estruturalistas e pós-modernas.


A proposta da Nova Sociologia da Educação (NSE) tem como base as formulações teóricas de Michael Young (1977) em que são criticadas as "manifestações curriculares": currículo como fato e currículo como prática. A primeira por ser aistórica e por obscurecer as relações desiguais entre os homens, a segunda por reduzir a realidade social às intenções e ações subjetivas de alunos e professores como é o caso da pedagogia da libertação de Paulo Freire (Veiga-Neto).

A referência às correntes de pensamento: pós-modernismo e pós-estruturalismo é feita sem uma distinção nítida entre elas a não ser através dos autores com as quais se identificam. A primeira como claramente identificada com pensamento de Lyotard, a segunda com as posições de Foucault, Derrida e Barthes (Silva, 1996, pág. 237).

A Nova Sociologia da Educação, assim como outras vertentes críticas educacionais pautou seus estudos no sentido de avaliar como a educação (principalmente escolar) produz e reproduz as desigualdades sociais, questionou a natureza do conhecimento escolar e faz avançar nossa compreensão sobre o papel político desempenhado pela escolarização.

Pós-estruturalistas e pós-modernos consolidam muitas das propostas da Nova Sociologia da Educação. Ao rejeitar as "grandes narrativas", ao questionar um conhecimento universal e a distinção entre "alta cultura" e a cultura cotidiana abrem espaço a currículos mais vinculados às diferenças culturais. Entretanto, mais do que denunciar questões de interesse e poder na condução da instituição escolar, colocam sob suspeição toda a tradição filosófica e científica moderna, problematizando as próprias idéias de razão, progresso e ciência, que em última análise são a razão de ser da própria idéia da instituição escolar (Silva, 1996).

O campo educacional é aquele onde mais fortemente se situam os conceitos básicos sobre os quais se firmou a tradição iluminista do mundo ocidental quais sejam: a universalidade, a individualidade e a autonomia.

Onde, se não na educação, especialmente escolar, estes conceitos são tão necessários e fundamentais para se afirmar os princípios do sujeito e da consciência, os binarismos opressão/libertação, opressores/oprimidos ou para se enfatizar o papel do intelectual? Onde, se não na educação, as "grandes narrativas" legitimadoras do saber - os discursos científico e filosófico são tão onipresentes? Questiona Silva (1996, pág. 237).

O pós-estruturalismo transforma em ficção (Alcoff, 1989, pág. 4, citado por Silva, 1996, pág. 146) o sujeito livre, autônomo e auto-centrado ao qual a tradição educacional de Rousseau a Paulo Freire e Piaget vê como passível de repressão ou libertação, sendo esta última objetivo de um "projeto educacional transformador". Ora um "projeto educacional transformador" supõe uma "grande narrativa" ou meta-narrativa que o explique denunciando como deformada a visão de educação presente. Para a crítica pós-moderna explicações totalizantes estão desacreditadas, entre outros motivos, em razão das conseqüências muitas vezes desastrosas que trouxeram: no campo político, regimes totalitários e, especificamente, na educação exclusão das diferenças culturais.

As idéias pós-estruturalistas focalizam o mundo social como constituído pela linguagem que passa de representação a parte integrante e central da definição e constituição da realidade, sendo, assim, precedente àquele sujeito que ela mesma define e que deixa de ser o centro de toda a significação e de toda a ação, passando a ser encarado como resultante de múltiplas determinações. A própria linguagem deixa de ser vista como fixa, estável para ser encarada como em constante movimento "... não conseguindo nunca capturar de forma definitiva qualquer significado ..." (Silva, 1996, pág. 238).

Sob esta ótica tornam-se um tanto desprovidas de sentido as noções de uma visão ideológica da sociedade como permeando a organização do sistema escolar pois, a seguir as postulações de Foucault, os discursos constroem a realidade, instauram a verdade não existindo discursos verdadeiros ou falsos (ideológicos). "Projetos educacionais transformadores" ou uma "educação conscientizadora" que possam desvelar a visão ideológica que falseia o discurso veiculado pela escola: sobre a educação e sobre o mundo social e político, passam a existir apenas, também, como discurso.

Assim, a partir de uma perspectiva que reconhece o deslocamento do sujeito e de sua consciência do centro do mundo social, que encara a linguagem e os discursos que definem a realidade como em constante movimento é que vamos encaminhar com maior propriedade uma reflexão sobre as denominadas tecnologias educacionais e, mais especificamente, sobre o hipertexto, uma nova forma de produção e transmissão cultural.

Com este pano de fundo pensar o uso do computador, bem como o do hipertexto no contexto da educação não é tarefa tão simples, embora, hoje, em razão da força com que se impõem no espaço educativo as ferramentas ligadas à informática, tal tema venha sendo intensamente pautado nas agendas, quer daqueles que se dedicam a buscar soluções técnicas para os problemas do ensino, quer daqueles que se preocupam (e estes em menor número) com uma visão mais ampla das questões relacionadas à educação.

A tendência dos debates sobre tecnologia e educação é, via de regra, relegar o fato de que os livros, lousa, giz assim como as diferentes formas de linguagem, o próprio conteúdo curricular, o controle e a avaliação da aprendizagem, a disciplina são: instrumentos tecnológicos ou tecnologias simbólicas que medeiam a comunicação ou, ainda, tecnologias organizadoras do sistema escolar, ele mesmo também uma forma de "tecnologia" ou, usando outras palavras, uma ferramenta pedagógica.

Esta mesma tendência nos conduz a uma visão parcial, orientando-nos a focalizar como tecnologia educacional somente algumas ferramentas mais recentemente desenvolvidas e aplicadas com finalidades didáticas como: os livros didáticos, os retro-projetores, a TV, os aparelhos de vídeo, o computador e a classificar como perigosas aquelas sobre as quais temos menor conhecimento e este, especificamente é o caso do computador cujos recursos tornam possível o hipertexto.

No calor dos debates levados a cabo sobre o assunto se colocam, de um lado, os entusiastas que acreditam na missão redentora da informática e pretendem salvar a educação através do computador, acolitados pelo todo poderoso mercado que lhes coloca à disposição os mais sofisticados produtos destinados a ensinar tudo a todos, através de pacotes prontos e modelos acabados que vão desde "cursos on-line" sobre os mais diversos assuntos a "joguinhos pedagógicos", gravados em CD-Roms, em que nossos filhos, ansiosos por botões ganham florzinhas ou caretas dos personagens projetos na tela do computador a cada acerto ou erro cometido e cuja fundamentação teórico-metodológica é, para não dizer mais, absolutamente discutível.

Também nesta posição se situam os que não querem perder o "bonde da história" e estão às voltas com a programação apressada de "cursos à distância", última palavra entre os "ismos" educacionais e cuja preocupação é auferir, mensurar e avaliar resultados, especialmente financeiros.

De outro lado se postam os resistentes, alguns deles, mesmo usando em seu cotidiano uma enorme parafernália tecnológica, destinada ao conforto e ao bem estar, se recusam a reconhecer que, além da lousa, do giz e de uma boa biblioteca, também ferramentas para ensinar, outras invenções do homem podem ser úteis à educação sem torná-la desumana e seu conteúdo massificado desde que tenhamos em mente sua possibilidade de moldar novas formas de existência e sociabilidade.

Colocando-nos na mesma posição de Silva (1996, pág. 196) acreditamos que a educação institucionalizada, assim como os educadores, parecem mal equipados para lidar com novas configurações culturais, dando-nos a sensação de jurássicos frente à paisagem que os rodeia. As novas subjetividades com que a escola defronta, cujas novas determinações culturais implicam em novas capacidades mentais, cognitivas e afetivas estão a clamar por uma discussão que leve avante questões sobre: quem são os alunos, quem são os professores, o que e de que forma compete à escola ensinar.